Três policiais civis foram presos acusados de participar de um esquema de propina em troca de mordomias e facilitação de encontros sexuais na carceragem da Polinter de Araruama, na região dos Lagos. Os policiais foram presos na manhã desta segunda-feira (7) durante a operação Grades Limpas, realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, 1ª Promotoria de Justiça de Araruama e Corregedoria Geral Unificada das Polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros Militar.
Além dos três policiais presos, que são das delegacias de Araruama, Magé, na baixada Fluminense, e Niterói, na região metropolitana, os agentes apreenderam R$ 10 mil na sala do carcereiro e 20 mil preservativos. Durante a vistoria os agentes encontraram várias salas que funcionavam para visitas íntimas, algumas delas com ar condicionado, geladeira e banheiro. Em uma tabela os preços do aluguel das salas, R$ 50,00 por cada meia hora.
Na vistoria da carceragem foram encontradas mais irregularidades. Algumas selas eram ocupadas por 40 presos enquanto que outras tinham somente cinco pessoas. Um levantamento dos agentes constatou que os presos pagavam R$ 3.000,00 e mais R$ 200,00 por semana por esse privilégio. Oito detentos intermediavam a negociação entre os policiais e os presos. Dentro da carceragem funcionava uma lanchonete e dois presos a participavam nos serviços administrativos.
Os oito presos acusados de envolvimento no esquema de propina vão ser transferidos para o complexo prisional de Bangu. Os policiais vão ficar detidos por cinco dias, prorrogáveis por mais cinco, para que o Ministério Público faça a denúncia à Justiça. Enquanto isso outra equipe vai ser nomeada para assumir a Polinter de Araruama.
O Ministério Publico recebe denúncias contra a carceragem de Araruama desde 2007, mas nos últimos seis meses o número das reclamações aumentou significativamente, provocando as investigações.
Fonte: R7
Da Redação - Encontros - Carlos Zuca
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