Revista Encontros Edição 112

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Que tipo de parto você quer para seu filho?


Conheça as diferentes maneiras de dar à luz a sua criança: cesariana, nascimento na água, em camas especiais, de cócoras, em casae. Conheça a melhor opção
O nascimento de um filho é, sem dúvidas, um dos momentos mais importantes na vida de uma mulher. E quando o assunto é a forma como o bebê vai chegar ao mundo, muitas gestantes ficam indecisas por qual tipo de parto escolher, afinal, são muitas as propostas, como nascimentos na água, em camas especiais, de cócoras, em casa e por aí vai.
O coordenador do Serviço de Obstetrícia do Hospital Icaraí, em Niterói, Renato Sá, explica que é normal o fato de as gestantes se sentirem ansiosas para decidir, o quanto antes, o tipo de parto que querem ter. Porém, o especialista alerta que o primeiro passo a seguir é dar início ao pré-natal assim que a gravidez for confirmada.
“O acompanhamento periódico durante a gestação é fator decisivo para a escolha do tipo de parto mais adequado, que deve levar em conta as condições físicas e psicológicas da mãe e a evolução clínica do feto”, pondera.
Para cada mulher, um parto – Basicamente, existem apenas dois tipos de parto: o natural e o cirúrgico. O primeiro, por sua vez, pode ser realizado em ambientes e posições variadas, mas ainda não é a modalidade mais preferida pelas mulheres. Por essa razão, muitos hospitais têm investido em atendimento personalizado que ofereça conforto às gestantes que optam pelo nascimento natural, como equipamentos para exercícios pré-parto, camas adaptáveis e banheiras de hidromassagem.
Renato Sá explica que o tipo natural é o mais indicado, já que não envolve os riscos de uma cirurgia. “Em tese, toda mulher nasceu preparada para parir um filho naturalmente”, pontua. Porém, o obstetra frisa que a decisão da via de parto deve ser tomada em conjunto com o médico pré-natalista.
Existem algumas indicações absolutas de cesariana como: sofrimento fetal, apresentação pélvica ou transversa do feto, algumas gestantes com HIV positivo e desproporção cefalo-pélvica. Nos casos em que a gestante apresente complicações como diabetes, hipertensão gestacional, anemias, problemas ósseos, doenças infecciosas ou, ainda, gestação de múltiplos, a via de parto deve ser avaliada individualmente. Sá explica que cesarianas só devem ocorrer em ambiente hospitalar que disponha de equipes multidisciplinares como cardiologistas, neurologistas, neonatalogistas e CTI, entre outros, para suprir possíveis intercorrências.
Parto Humanizado – No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, mais da metade das mães ainda têm seus filhos por via cirúrgica, enquanto a recomendação é para até 15% delas. A explicação, segundo especialistas, está na praticidade, já que muitas mulheres não se sentem à vontade em manter um longo trabalho de parto em um ambiente hospitalar restrito, muitas vezes sem a presença de familiares.
Seguindo tendência apoiada pela Organização Mundial da Saúde, muitos hospitais têm trazido a humanização ao parto natural para atrair mais gestantes para a prática natural, que além de proporcionar recuperação mais rápida, prepara o corpo materno para a amamentação imediata.
“A humanização no parto natural é um incentivo para as mulheres, já que elas passam a ter total liberdade sobre seu corpo e sobre o nascimento de seu filho”, comenta a enfermeira obstétrica Priscila Assunção.
A especialista explica que além de dispor de um espaço amplo e confortável para a gestante ter mobilidade e segurança durante o trabalho de parto, os hospitais que apoiam a humanização oferecem enfermeiras treinadas para acompanhar as parturientes e aliviar suas dores com massagens e músicas relaxantes.
“Os familiares também podem participar do processo, o que traz ainda mais tranquilidade”.
Fonte: Ofluminense

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