Conheça as diferentes maneiras de
dar à luz a sua criança: cesariana, nascimento na água, em camas especiais, de
cócoras, em casae. Conheça a melhor opção
O nascimento de um filho é, sem
dúvidas, um dos momentos mais importantes na vida de uma mulher. E quando o
assunto é a forma como o bebê vai chegar ao mundo, muitas gestantes ficam
indecisas por qual tipo de parto escolher, afinal, são muitas as propostas,
como nascimentos na água, em camas especiais, de cócoras, em casa e por aí vai.
O coordenador do Serviço de
Obstetrícia do Hospital Icaraí, em Niterói, Renato Sá, explica que é normal o
fato de as gestantes se sentirem ansiosas para decidir, o quanto antes, o tipo
de parto que querem ter. Porém, o especialista alerta que o primeiro passo a
seguir é dar início ao pré-natal assim que a gravidez for confirmada.
“O acompanhamento periódico
durante a gestação é fator decisivo para a escolha do tipo de parto mais
adequado, que deve levar em conta as condições físicas e psicológicas da mãe e
a evolução clínica do feto”, pondera.
Para cada mulher, um parto –
Basicamente, existem apenas dois tipos de parto: o natural e o cirúrgico. O
primeiro, por sua vez, pode ser realizado em ambientes e posições variadas, mas
ainda não é a modalidade mais preferida pelas mulheres. Por essa razão, muitos
hospitais têm investido em atendimento personalizado que ofereça conforto às
gestantes que optam pelo nascimento natural, como equipamentos para exercícios
pré-parto, camas adaptáveis e banheiras de hidromassagem.
Renato Sá explica que o tipo
natural é o mais indicado, já que não envolve os riscos de uma cirurgia. “Em
tese, toda mulher nasceu preparada para parir um filho naturalmente”, pontua.
Porém, o obstetra frisa que a decisão da via de parto deve ser tomada em
conjunto com o médico pré-natalista.
Existem algumas indicações
absolutas de cesariana como: sofrimento fetal, apresentação pélvica ou
transversa do feto, algumas gestantes com HIV positivo e desproporção
cefalo-pélvica. Nos casos em que a gestante apresente complicações como
diabetes, hipertensão gestacional, anemias, problemas ósseos, doenças
infecciosas ou, ainda, gestação de múltiplos, a via de parto deve ser avaliada
individualmente. Sá explica que cesarianas só devem ocorrer em ambiente
hospitalar que disponha de equipes multidisciplinares como cardiologistas,
neurologistas, neonatalogistas e CTI, entre outros, para suprir possíveis
intercorrências.
Parto Humanizado – No Brasil, de
acordo com dados do Ministério da Saúde, mais da metade das mães ainda têm seus
filhos por via cirúrgica, enquanto a recomendação é para até 15% delas. A
explicação, segundo especialistas, está na praticidade, já que muitas mulheres não
se sentem à vontade em manter um longo trabalho de parto em um ambiente
hospitalar restrito, muitas vezes sem a presença de familiares.
Seguindo tendência apoiada pela
Organização Mundial da Saúde, muitos hospitais têm trazido a humanização ao
parto natural para atrair mais gestantes para a prática natural, que além de
proporcionar recuperação mais rápida, prepara o corpo materno para a
amamentação imediata.
“A humanização no parto natural é
um incentivo para as mulheres, já que elas passam a ter total liberdade sobre
seu corpo e sobre o nascimento de seu filho”, comenta a enfermeira obstétrica
Priscila Assunção.
A especialista explica que além
de dispor de um espaço amplo e confortável para a gestante ter mobilidade e
segurança durante o trabalho de parto, os hospitais que apoiam a humanização
oferecem enfermeiras treinadas para acompanhar as parturientes e aliviar suas
dores com massagens e músicas relaxantes.
“Os familiares também podem
participar do processo, o que traz ainda mais tranquilidade”.
Fonte: Ofluminense
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