A capital do estado registrou na quarta-feira a temperatura mais alta do ano: 43,2 graus Celsius em Santa Cruz, na Zona Oeste da cidade. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a sensação térmica era de 47 graus Celsius. No bairro da Saúde, Zona Portuária do Rio, a máxima chegou a 41,3 graus.
O dia mais quente do ano tinha sido, até então, 19 de setembro, com registro de 41,6 graus na região da Marambaia, também na Zona Oeste.
Em Niterói, um termômetro instalado no calçadão da Praia de Icaraí , no sol, marcava 50 graus por volta das 15 horas de quarta-feira. “Realmente está muito quente. Parece até que estamos em uma sauna e vamos derreter”, comentou o empresário Renato Leme, que passeava pelo calçadão da Praia de Icaraí.
Desde 1915, quando começaram as medições de temperatura, não havia feito tanto calor. Segundo a meteorologista Michelle Lima, os dias quentes são característicos do verão, estação que começou na última sexta-feira. “Além disso, há um sistema de alta pressão atuando na Região Sudeste, impedindo a entrada de frente fria, que ameniza as altas temperaturas”.
Ela informou que, em Cachoeiras de Macacu, na região serrana do estado, e em alguns pontos das baixadas litorâneas, ocorreram chuvas rápidas na tarde de quarta-feira. Para a quinta-feira, a temperatura deve cair um pouco, com a chegada de uma linha de instabilidade no Rio de Janeiro. A previsão é que a temperatura oscile entre 36 e 37 graus.
A sensação térmica, superior à temperatura real, levou muita gente a procurar abrigo em lojas de eletrodomésticos, agências bancárias e shopping centers, que funcionam com o ar-condicionado ligado. “Eu nunca vi um calor como este. Para dormir esta noite foi muito difícil. O colchão estava quente e não corria um vento. Mesmo com dois ventiladores ligados, não consegui dormir direito”, disse a aposentada Eufrásia de Carvalho, de 78 anos, que se refugiou em uma loja de eletrodomésticos na rua Dias da Cruz, no Méier, Zona Norte do Rio. O calor está tão intenso nos dois últimos dias que a água sai quente das torneiras de casas, prédios e condomínios. As praias ficaram lotadas durante todo o dia.
Previsão – De acordo com o Portal Climatempo, o sol permanecerá até a tarde do dia primeiro de janeiro, porém, pancadas de chuvas são esperadas para o período da tarde por causa do forte calor. A previsão é de forte calor até o dia 4 de janeiro.
Mas para quem pode aproveitar o calor na praia, todo cuidado é pouco. Além do sol, o banhista deve ficar atendo às condições da água e da areia. “Os problemas mais comuns são as gastroenterites e infecções de olhos, ouvidos, nariz e garganta, sendo mais suscetíveis de adquiri-las as crianças, os idosos, e pessoas com baixa resistência imunológica”, alerta o médico dermatologista Reinaldo Bianchinni.
“Por isso, é importante lembrar que todo cuidado é pouco, sobretudo quando falamos de cuidados com o sol. Respeitar os horários quando há maior intensidade de raios ultravioletas, passar protetor solar. Se possível, aplique-o de 15 a 30 minutos antes de entrar em contato com o sol e reaplique o protetor solar sempre que você suar, nadar, ou pelo menos de duas em duas horas. Atenção particular deve ser dada à proteção das mãos, ombros, orelhas, pescoço, nariz, pés, lábios e a área em volta dos olhos. Evite contato com os olhos e pálpebras”, acrescenta o dermatologista Reinaldo Bianchinni. (* com informações da ABR)
Fonte: O Fluminense
Nenhum comentário:
Postar um comentário