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| Paula Rodrigues e Marcos gastam muito com sua pequena Loli Marie, mas acham que cada centavo vale a pena Leo Martins |
RIO - Na lista do que considerar antes de adquirir um bichinho de estimação, poucos são os mais precavidos que fazem as contas de quanto o novo membro da família vai pesar no orçamento. E esse impacto é cada vez mais expressivo, segundo representantes do chamado mercado pet no país. Com os avanços da medicina veterinária e as condições favoráveis da economia brasileira, a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) estima que o setor tenha faturado R$ 14,2 bilhões em 2012, um crescimento de 16,4% frente aos R$ 12,2 bilhões de 2011. O setor abrange segmentos como alimentação, acessórios, serviços e veterinária, ou seja, as necessidades e mimos que garantem o bem-estar dos animais domésticos. Como saída para economizar, algumas clínicas já aceitam os chamados planos de saúde animal, uma novidade no mercado que ainda está em fase de consolidação.
— No fim, vale cada centavo — derrete-se a dona.
Setor pet cresce a taxas maiores que a economia do país
Apesar do peso no orçamento, a procura pelos cuidados filhotes e também pelos cuidados com eles só cresce. Segundo a Abinpet, a população de animais de estimação cresceu 5,1% de 2011 para 2012, atingindo 106,2 milhões de animais. Para a veterinária do petshop Gatos & Gatos, em Botafogo, Heloísa Justen, os gastos maiores com os bichos de estimação estão ligados ao maior poder aquisitivo do brasileiro, que, “assim como viaja mais, pode dar melhores condições de tratamento a seus animais”, acredita. O presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária, Josélio Moura, lembra, no entanto, que o crescimento do setor se dá a taxas muito mais alta do que da economia do país.
— Existia e ainda existe uma demanda reprimida nesse setor. Cada dono quer e hoje pode cuidar melhor de seu animal. A procura tem sido não só maior do que o setor é capaz de atender, como tem crescido num nível mais alto do que o da economia.
Para o presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), José Edson Galvão de França, nota-se uma evolução do chamado mercado pet a partir dos anos 1990:
— A concentração urbana, a diminuição do número de pessoas nos lares, o aumento da população de idosos, toda essa mudança estrutural foi o que levou à maior procura pelo animal.
Segundo dados da Abinpet, o Brasil é hoje o segundo maior país em número de cães e gatos do mundo. Se consideradas todas as espécies de animais domésticos, está na quarta posição. O maior mercado é o americano, onde o setor pet é um dos cinco maiores da economia americana. No Brasil, o setor movimentou R$ 12,2 bilhões em 2011 e, apesar do crescimento da oferta de serviços e produtos considerados supérfluos, 69% do faturamento do setor ainda vem do segmento de alimentação. Pet care, que envolve acessórios, produtos para higiene e beleza, e equipamentos, responde apenas por 7%.
Fonte: Globo.com

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