Especialistas afirmam que, do ponto de vista ambiental, Itaboraí é a pior opção para a instalação do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), dentre as três áreas pré-selecionadas para o projeto. Em entrevista a rádio BandNews Fluminense, o analista ambiental do Instituto Chico Mendes, Rogério Rocco, afirmou que a escolha da localidade privilegiou questões políticas e estratégicas. Segundo especialistas, mais de 30 zonas de preservação no entorno do empreendimento sofrerão consequências ambientais.
Rocco, que na época do licenciamento participou do grupo de trabalho do Ibama – órgão que comandou no estado – afirmou que alertou às autoridades para os riscos e impactos na região. Além de Itaboraí, Campos e Itaguaí eram cogitadas para receber o empreendimento.

“O Ibama se manifestou na época, mostrando que o Comperj em Itaboraí era a pior escolha dentro do ponto de vista ambiental, mas, dentro do ponto de vista político, a escolha já estava feita. Houve uma pressão interna muito grande para que nós aprovássemos o projeto. Não se cogitou nem apresentar outra alternativa”, completou.
Segundo um ambientalista da região, todo o mosaico da Mata Atlântica Central, incluindo a Serra dos Órgãos e o Parque Estadual dos Três Picos, na Região Serrana, sofrerão impactos diretos.
“O primeiro impacto está no ar. Por mais que sejam instalados filtros, a liberação de gases nocivos vai afetar o ambiente. Uma parte desses poluentes atmosféricos vai ser depositada nas florestas do entorno do empreendimento, principalmente nas Serras dos Órgãos”, afirmou o chefe de preservação da Área de Proteção Ambiental de Guapimirim, Breno Herreira.
Ele também alerta para as mudanças nas zonas costeiras, principalmente nos manguezais da Baía de Guanabara.
“Também vai ter alterações nos ciclos das águas. A refinaria se instalará sobre uma área que a gente classifica como planície de inundação. A tendência é que os manguezais que fiquem abaixo do empreendimento no período de seca acabem mais secos. E o mesmo ocorrerá quando eles ficarem mais cheios, afetando o ciclo de vida dentro dos manguezais e, consequentemente, da Baía de Guanabara”, acrescentou.
Questionada, a Petrobrás não se pronunciou até a noite desta quinta-feira.
Fonte: O FLUMINENSE
Somente agora que eles anlisaram esta situação, seria cômodo pra todos se antes de implantar seja qualquer empreendimento principalmente PETRÓLEO, que fosse visto e revisto essas questoes ambientais, soiais e econômicas, mas pelo que vejo somente as questões econômicas e que são visadas. Cada dia estou mais convicta que não estão querendo um mundo melhor e com mais conscientização ambiental e a expressão: "que se dane o mundo" está se tronando muito corriqueira. Eu quero um ambiente ainda saudável para viver e meus semelhantes também, então façamos algo para mudar esta sirtuação. Sou moradora do município de Maricá e estamos querendo também respeitos por parte dos chamados "responsávies".
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