Revista Encontros Edição 112

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Comida e combustível mais caros fazem inflação do aluguel acelerar em julho

O IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), utilizado para corrigir contratos de aluguel, acelerou 1,34% em julho contra 0,66% em junho, informou nesta segunda-feira (30) a FGV (Fundação Getulio Vargas). De janeiro a julho deste ano, o índice subiu 4,57%. No ano passado, o mês de julho teve comportamento oposto e apresentou desaceleração dos preços em 0,12%. Dentre os subíndices que compõem o IGP-M, o IPA-M (Índice de Preços ao Produtor Amplo-Mercado) teve alta de 1,81% no mês, superior à taxa de 0,74% em junho. Os combustíveis foram responsáveis pela alta. 
 A comida ficou mais cara – sobretudo hortaliças e legumes – e o IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor-Mercado) avançou 0,25%, contra alta de 0,17% em junho. Transportes, educação, comunicação e moradia também pesaram mais no bolso do brasileiro em julho. 
O carro zero, que em junho teve queda de 4,10% nos preços, teve variação negativa de 1,29% em julho. Além de medir a evolução do nível de preços, o IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel. Mesmo com a aceleração do IGP-M, a percepção geral é de que a inflação continua sob controle, o que mantém em aberto a possibilidade de o Banco Central dar continuidade à sua política de estímulo à economia através da redução da taxa básica de juros, hoje na mínima histórica de 8% ao ano após oito cortes consecutivos. 
Em outra frente, o governo anunciou benefícios fiscais a indústrias e consumidores, além de aumento das compras federais. Na sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff informou ainda que anunciará em agosto e setembro medidas anticíclicas para estimular a economia. 
A persistente dificuldade da atividade brasileira em deslanchar levou o governo a cortar a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 4,5% para 3% neste ano. Entretanto, o dado ainda é melhor que o do Banco Central, que reduziu sua projeção para este ano de 3,5% para 2,5%.
Fonte: R7

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