Revista Encontros Edição 112

segunda-feira, 4 de março de 2013

Chuvas deixam o Rio em alerta contra a dengue

Rio de Janeiro – Depois de um verão marcado por períodos de seca prolongada, com as primeiras chuvas de março o Rio entra em alerta contra o aumento dos casos de dengue. O secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, chama a atenção para os cuidados básicos que a população deve tomar para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

“A população deve continuar a praticar o [Programa] 10 Minutos contra a Dengue, buscando os focos do mosquito em sua residência e perto de sua moradia. Aos primeiros sintomas da doença, como dor de cabeça, febre, manchas vermelhas pelo corpo, deve-se procurar imediatamente um serviço de saúde. A dengue mata.”

Sérgio Côrtes lembrou que o tempo chuvoso é propício à proliferação do mosquito. “Nós estamos trabalhando com todos os municípios para que intensifiquem as ações a partir de março, quando teremos chuva, calor e, daqui a uma semana, mosquitos voando em condições de transmitir a dengue.”

O secretário destacou que foram registrados vários casos da doença em janeiro e fevereiro nos municípios do noroeste, norte e da Região dos Lagos, e disse que já começaram a aumentar os casos na capital e na região metropolitana. “A expectativa para a Baixada Fluminense é preocupante. Na cidade do Rio, principalmente em alguns bairros, também estão aumentando os casos de dengue.”

Fique atento aos sinais de alerta para agravamento da dengue.
A infecção pelo vírus da dengue causa uma doença de amplo espectro clínico, incluindo desde formas brandas até quadros graves. Para evitar o agravamento da infecção é preciso estar atento aos sinais de alarme. Estes sinais costumam aparecer entre o terceiro e o sétimo dia do início da doença, quando a febre cede. Nesta fase da infecção podem surgir sinais e sintomas como vômitos importantes e frequentes, dor abdominal intensa e contínua, desconforto respiratório, sonolência ou irritabilidade excessiva e sangramento, entre outros. Em geral, estes sinais anunciam a perda plasmática.

O vírus da dengue provoca aumento na permeabilidade do endotélio vascular, ou seja, do espaçamento entre as células da parede dos vasos sanguíneos. Com isso, ocorre perda de líquido de dentro dos vasos, o que pode levar o paciente ao choque e à morte. Por isso, apenas a queda abrupta de plaquetas não norteia a classificação de risco do paciente e a conduta clínica adequada. É preciso monitorar, também, o hematócrito. O aumento repentino do hematócrito é um dos sinais de alarme, pois mostra que o paciente está evoluindo para uma forma grave.

Confira os sinais:
dor abdominal intensa e contínua;
vômitos persistentes;
hipotensão postural e/ou lipotímia;
hepatomegalia dolorosa;
sangramento de mucosa ou hemorragias importantes (hematêmese e/ou melena);
sonolência e/ou irritabilidade;
diminuição da diurese;
diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia;
aumento repentino do hematócrito;
queda abrupta de plaquetas;
desconforto respiratório.

Fonte:  Agência Brasil / Rio contra Dengue

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