Revista Encontros Edição 112

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Comissão Parlamentar de Inquérito investiga servidores em Maricá

Os vereadores de Maricá ouviram nesta quinta-feira, o atual secretário municipal de Meio Ambiente, César Cabral, responsáveis pela empresa Fortestone e alguns servidores da Secretaria de Obras que teriam atestado o recebimento de material comprado pela Prefeitura à empresa, para obras de pavimentação no município, que não teriam sido realizadas. Todos irão depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura suposta venda ao município de material de construção no valor de R$ 296 mil, sem que a obra tivesse sido feita, segundo denúncias que estão sendo apuradas pelo Legislativo.

Na terça-feira, 18, o ex-subsecretário de Urbanismo, Tiago Rangel, informou ter entregue à promotora Renata Scarpa, da Promotoria de Tutela Coletiva de Niterói e Maricá, um dossiê contendo informação sobre a empresa Eco805, de Niterói, que teria supostamente recebido R$ 120 mil da Prefeitura para executar um serviço que não teria feito: a venda ao município de 4.592 sacolas de cimento, 248 metros cúbicos de areia e 190 de saibro.
Thiago Rangel

Renata Scarpa, através da assessoria de imprensa do Ministério Público Estadual, informou que teria aberto inquérito para investigar a denúncia e que já estaria analisando a documentação.

Vingança - O prefeito Washington Quaquá questiona a veracidade das informações contidas no dossiê e para ele, o ex-colaborador teria agido por vingança.
Washington Quaquá

“Tiago assumiu a pasta logo após o primeiro turno das eleições, em outubro e foi exonerado em novembro, quando recebi denúncias de que ele vendia alvarás e habite-se para empresas. O que é proibido por lei. Em seguida, para se vingar, ele fez supostas denúncias contra a Prefeitura. Ele nunca me procurou para relatar nada. O que mais me interessa é a apuração dos fatos e que os culpados sejam punidos. Não sou rico. Moro em casa alugada. Estou fazendo uma série de obras e melhorias na cidade e isso incomoda as famílias tradicionais”, defendeu-se o prefeito, acrescentando que já determinou na Prefeitura a realização de uma investigação sobre as denúncias apresentadas pelo ex-secretário.

Procurado pela reportagem para comentar a acusação feita pelo prefeito, Tiago não foi localizado.

Investigação - A Câmara Municipal de Maricá abriu duas CPIs para apurar as denúncias de Tiago Rangel envolvendo a Fortestone e a Eco805. As comissões são presididas pelo vereador Paulo Maurício Duarte de Carvalho (PDT).

Até o fim deste mês, segundo o presidente das duas CPIs, deve ser ainda ouvido o ex-secretário de Obras Arthur Billé. Em fevereiro, será a vez do prefeito Washington Quaquá.

Em seguida, as comissões encerram seus trabalhos e entregam uma cópia do relatório final ao Ministério Público.


Por: Anderson Carvalho
Fonte: O Fluminense
André Redlich
Atulizado por: Carlos Zuca

Nenhum comentário:

Postar um comentário