Revista Encontros Edição 112

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Museu do Surf de Cabo Frio em busca de espaço definitivo

O diretor do Museu do Surf, Telmo Moraes, e o filho dele, Caio Teixeira.

Parte do acervo do Museu do Surf.


Depois de cinco anos decorando a sala, corredores, quartos e demais dependências da casa do longboarder Telmo Moraes, na Praia do Peró, o surfista das antigas, com 38 anos de ondas e histórias do esporte radical, está na expectativa de transformar seu sonho de vida em realidade: a construção de uma sede definitiva para o Museu do Surf de Cabo Frio, atualmente o maior das Américas e entre os cinco mais importantes do gênero no mundo. Há três anos ele ocupa um
espaço alugado pela Prefeitura Municipal, na Rua Jorge Lóssio, 899, entre o Centro e a Praia do Forte, região que ele considera ideal para a instalação do futuro museu.

- Promovendo e divulgando a cidade em todo o país e no exterior, a Prefeitura de Cabo Frio não pode mais fazer de conta que não está vendo e sentindo a importância desse centro de memória - assinala o surfista e também diretor-geral do museu, acrescentando que a administração municipal planeja, para 2011, depois do período de alta temporada, a instalação de equipamentos turísticos importantes na cidade, entre eles, o novo Museu do Surf.

Telmo está confiante em conquistar a sede definitiva do primeiro espaço dedicado ao esporte no Brasil. O museu já está inserido, ao lado de outros 300 equipamentos fluminenses, no portal Museus do Rio (www.museusdorio.com.br), conta o veterano surfista, que ainda hoje, domina, diariamente, as ondas da Praia do Forte.

O Museu do Surf possui um acervo com exatas 511 pranchas, das quais cerca de 300 nacionais e importadas, de todas as épocas, estão em exposição. O espaço que limita a mostra completa é a maior dificuldade para expor todos os modelos e shapers famosos, quilhas e parafinas de diversas épocas, fotos e vídeos, troféus e miniaturas, skates e quadros que retratam o lifestyle. Tudo faz parte do rico e, por vezes, exclusivo acervo.

Entre as raridades do Museu do Surf, destaque para um dos dois únicos exemplares existentes no mundo da prancha da linha SurfLineHawaii Batman, a Randy Rarick da Bat, dos anos 1975/76, encontrada por Telmo em um fundo de quintal no bairro São Cristóvão, em Cabo Frio. Totalmente restaurada, incluindo a exclusiva imagem de Batman e a rabeta em formato de asa de morcego, a peça é cobiçada pelo Museu Huntington Beach, da Califórnia (EUA), com propostas de compra seguidamente rejeitadas.




Algumas das pranchas raras do acervo do museu, entre elas, uma São Conrado (à direita).


Pranchas do acervo do Museu do Surf.


Uma das relíquias do museu, a Randy Rarick da Bat, dos anos 1975/76. Só existem duas no mundo.


Relíquias e raridades ao alcance de todos em exposição no museu

Kanaloa - Réplica de uma prancha modelo "Alaia", oca e sem quilha, usada entre 1870 e 1890 pelos antigos polinésios feita especialmente para o Museu do Surf de Cabo Frio pelo historiador do surf Wagner Cataldo.

São Conrado - Adquirida do amigo "Joca da Marola" Surfboards, na praia do Peró, o modelo São Conrado é uma prancha rara. Foram feitas apenas algumas peças e encontrá-las atualmente é muito difícil.

Procópio - Prancha de madeirite da década de 50. Única exemplar do acervo foi encontrada em Arraial do Cabo, no Estado do Rio. Usada como peça de decoração em uma pousada local, a prancha foi fabricada pela Procópio que produz, até hoje, mesas de ping-pong em São Paulo.

Barry Kanaiaupunni - Doada ao museu por Marcos Conde, da Confederação Brasileira de Surf, a prancha foi comprada de um desconhecido. É um modelo havaiano dos anos 70 muito cobiçado por colecionadores.


Informações; Rafael Masgrau
imprensa.rj.gov.br
Da Redação - Encontros - Carlos Zuca

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