Inea explica causas da mortandade de peixe em Maricá

Foto: Paulo Polônio

Em nota publicada nesta quinta-feira (23.02), o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) divulgou as causas que justificam a mortandade de peixes em Maricá, iniciada na última segunda-feira (20.02), na lagoa de Araçatiba.

Segundo técnicos do instituto, o fenômeno foi decorrente de uma combinação de fatores típicos do verão, agravados pelo despejo clandestino de esgoto no sistema lagunar. Como não chove na cidade desde o fim de janeiro, a temperatura da água das lagoas está acima do normal (cerca de 30ºC), fator que contribuiu para a proliferação excessiva de algas que disputam o oxigênio da água com os peixes.

A Prefeitura de Maricá continua agindo intensamente para minimizar os transtornos causados pela mortandade de peixes, numa ação coletiva de limpeza que conta com a colaboração de pescadores do município. Desde o início da mortandade, equipes da secretaria de Ambiente e Urbanismo foram mobilizadas e recolheram, até o momento, cerca de 60 toneladas de peixe.

Independentemente deste episódio, a Prefeitura de Maricá tem estudado soluções e buscado parcerias para reduzir as probabilidades de novas mortandades de peixe. Um estudo junto à comunidade acadêmica prevê a implantação de um canal na Barra de Maricá dotado de uma eclusa capaz de aproveitar quando o mar estiver mais alto para renovar a água das lagoas.

Também há investimentos em soluções estruturais de longo prazo. “Para os próximos três anos estão previstos R$ 93 milhões apenas em tratamento de esgotos na cidade, dos quais R$ 33 milhões vindos pela segunda etapa do PAC e R$ 60 milhões da Petrobras, como compensação pelo emissário submarino do Comperj”, adiantou o prefeito Washington Quaquá.

Além de novos investimentos, a Prefeitura combate constantemente a ocupação das margens de rios, lagoas e praias da cidade, para evitar danos ambientais.

Na próxima terça-feira, dia 28.02, o Inea realizará nova vistoria e coleta de amostras nas lagoas do sistema lagunar de Maricá.

Fonte: PMM

ACESSE AQUI A NOTA OFICIAL DO INEA