Revista Encontros Edição 112

quinta-feira, 29 de março de 2012

Saúde caótica em Maricá

Vera mostra a decisão judicial favorável à transferência (Foto: Renato Fonseca)
Desesperada, a autônoma Vera Lúcia Bernardo Franco, 50 anos, moradora do bairro Flamengo, em Maricá, precisou entrar na Justiça para conseguir um leito no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Estadual Alberto Torres, no Colubandê, em São Gonçalo, para a própria mãe. Antes, a aposentada, Corina Francisca do Nascimento, 70, ficou internada em coma induzido, por 10 dias, na enfermaria do Hospital Municipal Conde Modesto Leal, em Maricá, onde as duas residem, após ter sofrido um AVC.

Temendo que com a falta de cuidados, o problema da mãe se complicasse, Vera Lúcia buscou a Defensoria Pública de Maricá no dia 23, exigindo que ela recebesse atendimento de CTI. Como o hospital não tem Centro de Tratamento Intensivo e nem realizava a transferência, a Justiça decidiu que o município de Maricá realizasse a transferência imediata da paciente, frisando que o descumprimento da medida acarretaria o pagamento de multa diária no valor de R$ 1 mil.

Morte - Há três meses, o padrasto de Vera já havia falecido no mesmo hospital, em Maricá, também vítima de um AVC, e a filha temia que o mesmo acontecesse com a mãe.
“Acredito que ele morreu devido a falta de cuidados. Não ia permitir que isso acontecesse com minha mãe também. Se fosse preciso, eu iria até o governador”, afirmou.

Ontem, a idosa foi transferida para o Hospital Estadual Alberto Torres.
“Agora, minha mãe vai ser bem tratada. Vai receber os cuidados necessários”, disse esperançosa.
Fonte: São Gonçalo

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