O incêndio que atingiu o almoxarifado do Hupe (Hospital Universitário Pedro Ernesto), em Vila Isabel, zona norte do Rio de Janeiro, na madrugada de quarta-feira (4), evidenciou uma série de problemas que afetam o funcionamento da unidade.
Em greve há duas semanas, funcionários do hospital dizem que não há escada de incêndio externa, Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e Brigada de Incêndio - um grupo formado por trabalhadores do local que age em situações de emergência para, por exemplo, esvaziar um prédio em chamas. Residentes também reclamam que já faltou até comida e talheres para pacientes.
A fumaça se espalhou pelo prédio e funcionários que estavam terminando o turno de trabalho, e outros que ainda não tinham começado a trabalhar, retiraram os pacientes dos quartos com ajuda dos acompanhantes.
Houve tumulto e pânico. Alguns funcionários que chegavam ao hospital entre 5h e 6h foram impedidos de entrar por guardas municipais. Eles queriam ajudar na remoção dos pacientes.
De acordo com a nutricionista Cintia Teixeira de Souza Silva, do comando de greve, o Corpo de Bombeiros chegou logo ao prédio e orientou os funcionários de como esvaziar o hospital. Ela diz que a formação da Cipa e de uma brigada estão entre as reivindicações dos grevistas.
— O hospital está em obras, mas nós questionamos problemas estruturais. Não temos Cipa nem Brigada de Incêndio.
A administração podia pelo menos planejar uma evacuação, uma rota de fuga.
Segundo Cintia, a greve foi deflagrada há duas semanas, mas, antes mesmo de os funcionários paralisarem algumas atividades, o atendimento no hospital já estava prejudicado por causa da falta de materiais e equipamentos.
— Não tem material para o raio-X e também falta equipamento no centro cirúrgico. Agora nós só estamos atendendo o emergencial por causa da greve, mas já tinha problema antes.
Fonte: R7
Nenhum comentário:
Postar um comentário