A cidade de Maricá será destaque
na série semanal “Casa Brasileira” do canal de tevê a cabo GNT. O programa - com exibição prevista para o dia
15 de dezembro - vai mostrar as diversas obras projetadas por Oscar Niemeyer,
que comemora 105 anos naquele mês e, segundo o
apresentador Alberto Renault, será homenageado pela produção. O município – com o qual a família do
arquiteto tem vínculos históricos – possui duas propriedades ligadas a
Niemeyer: a residência de praia do professor e antropólogo Darcy Ribeiro, em
Cordeirinho, e a Fazenda Bananal, refúgio da família Niemeyer.
No dia (17/11), a equipe do
programa gravou depoimentos com o escritor Toninho Vaz, que por diversas vezes
passou as férias de verão com a família na residência de praia do amigo.
Segundo Vaz, Darcy havia pedido a Niemeyer
um “projetinho” para ele em Maricá. O arquiteto preparou a casa que
atendia todas as exigências do indigenista.
Uma residência em formato de sol, sem muros, com parte da casa coberta
por sapê, fazendo referência às ocas. O espaço se tornou refúgio para o
descanso de Darcy, que não arredava pé da rede nem mesmo quando a ressaca
lambia toda a frente da casa.
Trabalhando há 17 anos na casa, a
caseira Maria de Jesus disse que era um orgulho servir a Darcy. “Ele era uma
pessoa tranquila e gostava de almoçar no meio dos livros”, comenta, lembrando
quando o patrão chegava e olhava para o mar. “Dizia: cheguei, marzão só meu.
Estou sentindo o cheiro das índias”, repetiu ela. Toda voltada para o mar, a
casa tem os traços característicos de Niemeyer, linhas fluidas e leveza mesmo
em concreto. Com muitas curvas, permite que se veja o mar de qualquer parte do
interior. O imóvel foi restaurado no ano passado depois de ter sido
desapropriado e incorporado pela prefeitura. A intenção é a de instalar ali um
Centro de Educação Digital para professores.
Fazenda Bananal é recanto da
Família Niemeyer
Depois de gravar parte do
programa em Cordeirinho, a equipe do
“Casa Brasileira” seguiu para a fazenda da família Niemeyer. A casa grande e a
capela estão localizadas no sopé da Serra do Bananal, e apesar das alterações
sofridas, a primeira está incluída na tipologia das casas de fazenda do
interior fluminense nos séculos XVIII e XIX. Para ter acesso à capela é
necessário passar por dentro da casa, que tem seu interior simples com paredes
brancas e decoração em dourado. A fazenda pertenceu ao alferes Antônio Joaquim
Soares e à sua mulher, Maria Antônia Reginalda, e foi tombada em 1985 pelo
Instituto Estadual do Patrimônio cultural (INEPAC).
Fonte: Maricá.rj
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