Revista Encontros Edição 112

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Os óleos que prometem deixar as mulheres com 20 anos de novo


Mulheres tentam fazer de tudo para diminuir os efeitos da idade e recorrem aos métodos mais novos na praça, os óleos naturais, que são recomendados por varios dermatologistas
Uma pessoa vai até a farmácia ou loja de cosméticos mais perto de casa porque resolve, finalmente, experimentar esses “óleos milagrosos” anunciados nas propagandas. Ao se deparar com as prateleiras repletas de opções, fica complicado saber qual das inúmeras fórmulas escolher. São cores e perfumes que em alguns momentos remetem a frutas, e em outros, a flores e sementes: uma receita infalível para agradar aos olhos dos consumidores. Os componentes desses óleos, no entanto, não são apenas parte de um discurso bonito. De acordo com a dermatologista Heloísa Hofmeister, esses ingredientes podem, sim, beneficiar pele e cabelo.
“Os óleos naturais são compostos de substâncias que podem ajudar na hidratação, "emoliência", regeneração, cicatrização, além da lubrificação e do efeito anti-inflamatório e antisséptico que podem ter”, descreve a médica, membro da Sociedade
Brasileira de Dermatologia (SBD).
Heloísa Hofmeister explica que, por conterem ácidos graxos essenciais, determinados óleos melhoram a função de barreira da pele diminuindo a perda de água, o que é fundamental na hidratação, e podem restaurar o manto hidrolipídico da pele. Além disso, são indicados no tratamento de xerodermia (caracterizada por descamação cutânea), de eczemas, psoríase, estrias, queimaduras, ressecamento de fios de cabelo e por aí vai. Mas é importante destacar que a maioria deles é contraindicada para peles oleosas e "acneicas".
A dermatologista Carla Bortoloto, professora de pós-graduação em Dermatologia da Fundação Pele Saudável, revela, ainda, que apesar de todos os tipos poderem ser usados para funções diversas, sem haver, na concepção dela, um melhor que o outro, “o importante do óleo para os fios é que devem apresentar uma concentração menor do que o geralmente usado para a pele, porque, do contrário, pode gerar a quebra deles”, alerta a especialista.
A concentração também pode provocar outros pequenos problemas. Quando estão “in natura”, esses produtos chegam a proporcionar irritações e alergias em alguns casos.
“Os óleos devem ser isolados, purificados e processados para uso dermatológico, já que possuem diferentes composições e, portanto, diferentes funções. A escolha vai depender da indicação”, acredita Heloísa.
Novas evidências
Por ser um “assunto novo” entre os profissionais da área, os óleos ainda surpreendem com relação aos resultados obtidos a partir do uso.

“Engatinha-se neste processo”, afirma Heloísa, que também é membro da Academia Americana de Dermatologia (AAD) e da International Academy of Cosmetic Dermatology (IACD).
Para uso dermatológico, ela chama a atenção de alguns, entre eles, o de rosa mosqueta, que contém ácido transretinóico, estimulante da produção de colágeno e tem efeito cicatrizante; o óleo de semente de uva, que contém alfatocoferol e ácidos graxos, sendo muito antioxidante; o de melaleuca (tea tree), com efeito anti-inflamatório, germicida e bacteriostático, um “excelente antisseborreico”; o de girassol, emoliente e reepitelizante; argan, hidratante e antioxidante; e açaí, com antocianinas, muito antioxidante, fitoesteróis, que regulam a atividade dos lipídeos, com poder antisseborreico e regenerativo.
Fonte: O Fluminense

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