Mulheres tentam fazer de tudo
para diminuir os efeitos da idade e recorrem aos métodos mais novos na praça,
os óleos naturais, que são recomendados por varios dermatologistas
Uma pessoa vai até a farmácia ou
loja de cosméticos mais perto de casa porque resolve, finalmente, experimentar
esses “óleos milagrosos” anunciados nas propagandas. Ao se deparar com as
prateleiras repletas de opções, fica complicado saber qual das inúmeras
fórmulas escolher. São cores e perfumes que em alguns momentos remetem a
frutas, e em outros, a flores e sementes: uma receita infalível para agradar
aos olhos dos consumidores. Os componentes desses óleos, no entanto, não são
apenas parte de um discurso bonito. De acordo com a dermatologista Heloísa
Hofmeister, esses ingredientes podem, sim, beneficiar pele e cabelo.
“Os óleos naturais são compostos
de substâncias que podem ajudar na hidratação, "emoliência",
regeneração, cicatrização, além da lubrificação e do efeito anti-inflamatório e
antisséptico que podem ter”, descreve a médica, membro da Sociedade
Brasileira de Dermatologia (SBD).
Heloísa Hofmeister explica que,
por conterem ácidos graxos essenciais, determinados óleos melhoram a função de
barreira da pele diminuindo a perda de água, o que é fundamental na hidratação,
e podem restaurar o manto hidrolipídico da pele. Além disso, são indicados no
tratamento de xerodermia (caracterizada por descamação cutânea), de eczemas,
psoríase, estrias, queimaduras, ressecamento de fios de cabelo e por aí vai.
Mas é importante destacar que a maioria deles é contraindicada para peles
oleosas e "acneicas".
A dermatologista Carla Bortoloto,
professora de pós-graduação em Dermatologia da Fundação Pele Saudável, revela,
ainda, que apesar de todos os tipos poderem ser usados para funções diversas,
sem haver, na concepção dela, um melhor que o outro, “o importante do óleo para
os fios é que devem apresentar uma concentração menor do que o geralmente usado
para a pele, porque, do contrário, pode gerar a quebra deles”, alerta a
especialista.
A concentração também pode
provocar outros pequenos problemas. Quando estão “in natura”, esses produtos
chegam a proporcionar irritações e alergias em alguns casos.
“Os óleos devem ser isolados,
purificados e processados para uso dermatológico, já que possuem diferentes
composições e, portanto, diferentes funções. A escolha vai depender da
indicação”, acredita Heloísa.
Novas evidências
Por ser um “assunto novo” entre
os profissionais da área, os óleos ainda surpreendem com relação aos resultados
obtidos a partir do uso.
“Engatinha-se neste processo”,
afirma Heloísa, que também é membro da Academia Americana de Dermatologia (AAD)
e da International Academy of Cosmetic Dermatology (IACD).
Para uso dermatológico, ela chama
a atenção de alguns, entre eles, o de rosa mosqueta, que contém ácido
transretinóico, estimulante da produção de colágeno e tem efeito cicatrizante;
o óleo de semente de uva, que contém alfatocoferol e ácidos graxos, sendo muito
antioxidante; o de melaleuca (tea tree), com efeito anti-inflamatório,
germicida e bacteriostático, um “excelente antisseborreico”; o de girassol,
emoliente e reepitelizante; argan, hidratante e antioxidante; e açaí, com
antocianinas, muito antioxidante, fitoesteróis, que regulam a atividade dos
lipídeos, com poder antisseborreico e regenerativo.
Fonte: O Fluminense
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