Revista Encontros Edição 112

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Dia do Padeiro: uma história de milhares de anos

 O 8 de julho reverencia o profissional que põe a
mão na massa: o padeiro
O 8 de julho reverencia o profissional que põe a mão na massa: o padeiro. Um ofício que hoje tem desdobramentos em padarias, confeitarias e outras casas especializadas. Mas você sabe como tudo começou?

Talvez poucas pessoas até hoje tenham se perguntado sobre a origem do “pão nosso de cada dia”. Ele é um alimento que resulta do cozimento de uma massa feita com farinha de certos cereais, principalmente trigo, água e sal. Seu uso na alimentação humana é antiquíssimo. A história mais remota do pão se origina em milhares de anos a.C., quando era feito com glandes de carvalho e faia trituradas, sendo depois lavado com água fervente para tirar o amargor. Em seguida, essa massa secava ao sol, e dela se fazia broas com farinha.

O Brasil conheceu o pão no século 19. Antes dele, o que se usava, em tempos coloniais, era o biju de tapioca no almoço e no jantar a farofa, o pirão escaldado ou a massa de farinha de mandioca feita no caldo de peixe ou de carne. No início, a fabricação de pão, no Brasil, obedecia a uma espécie de ritual próprio, com cerimônias, cruzes nas massas, ensalmos para crescer, afofar e dourar a crosta, principalmente quando eram assados em casa.

A atividade da panificação no Brasil se expandiu com os imigrantes italianos. Os pioneiros da indústria de panificação surgiram em Minas Gerais. Nos grandes centros proliferaram as padarias típicas, sendo que na cidade de São Paulo até hoje existem, em alguns bairros, como por exemplo no Bixiga, padarias que fabricam pães italianos muito apreciados.

Hoje, o setor não para de crescer. Em 2012, o índice de aumento das empresas de panificação e confeitaria foi de 11,6%, o que representa um faturamento de R$ 70,29 bilhões, mantendo o nível de crescimento acima de dois dígitos dos últimos seis anos. O levantamento dos números foi feito pelo Instituto Tecnológico ITPC, em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria – ABIP, através de pesquisa em mais de 1,6 mil empresas de todo o País, abrangendo das pequenas até grandes representantes do setor. Esta projeção de faturamento abrange as cerca de 20% de empresas informais que compõem o setor.

O setor de panificação vem contribuindo consideravelmente, nos últimos anos, para o crescimento do food service no Brasil. Estima-se a participação aproximada da panificação em 36% do faturamento do setor. A criação de áreas para café, restaurantes, lanchonetes, produtos assados na hora, além de novos produtos e variações de receitas vem fazendo com que as padarias se tornem centros gastronômicos, capazes de receber e suprir os clientes em vários de seus momentos de compra.

Números gigantes
O momento positivo do setor traduz-se também em investimentos. Em Santa Cruz do Sul, empresas tradicionais estão abrindo filiais e novas casas do gênero. O número de empresas que compõem o setor continua na casa dos 60 mil no Brasil, que receberam cerca de 44 milhões de clientes no último ano, o que representa quase 800 mil pessoas a mais do que em 2011. Houve um aumento de 2,9% no número de postos de trabalho gerados em 2012, o que representa 23 mil funcionários contratados pelas padarias. O setor representa cerca de 802 mil empregos diretos e 1,85 milhão de forma indireta.

Fonte: Redação Gazeta do Sul

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