Revista Encontros Edição 112

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Comperj: cronograma de obras vai até 2018 e prevê 13 mil empregos diretos

Segundo Romeiro, O complexo funcionará com cerca de 13 mil funcionários próprios da Petrobras e terceirizados Foto: Marcelo Almo

Em entrevista exclusiva a O FLUMINENSE, o diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, explicou os motivos que levaram a estatal a alterar o projeto inicial do Comperj, que agora conta com duas refinarias e uma unidade petroquímica. Além disso ele anunciou que o complexo, que deve estar totalmente pronto em 2018, deve gerar 13 mil empregos diretos quando estiver em operação, e que a Petrobras vai qualificar 230 mil pessoas até 2014, sendo 7,5 mil nos próximos dois anos, apenas para suprir a mão de obra do Comperj.

Segundo Paulo Roberto Costa, o principal motivo que levou a Petrobras a alterar o projeto inicial do Comperj, que previa a construção de apenas uma refinaria de produtos petroquímicos foi o crescimento, nos últimos anos, do mercado de derivados líquidos do petróleo, que em 2010 superou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

“Esse aumento de 16% no consumo da gasolina, 17% na querosene de aviação e 9% no óleo diesel, fez fez com a Petrobras aprovasse a construção de cinco novas refinarias e o aumento do projeto do Comperj. A área do Comperj é estratégica. Reavaliamos o projeto, que previa originalmente apenas a construção de uma refinaria petroquímica, para um projeto que agora prevê a construção de duas refinarias com a capacidade de 165 mil barris por dia, cada, e uma unidade petroquímica.

Hoje, segundo o diretor de abastecimento, a primeira refinaria já está em construção.

“A terraplanagem já foi concluída e começamos a construção das principais unidades de processo. Oitenta por cento dos contratos necessários para a construção da primeira refinaria já foram assinados, e até o final de 2013 estaremos com ela em operação”, explica.

A unidade petroquímica do Comperj deve ficar pronta no final de 2016, início de 2017, e a segunda refinaria deverá ser entregue em 2018.

“Ou seja, pelos próximos oito, dez anos, teremos muito trabalho naquela região”, avalia.

O diretor da Petrobras explica que durante a construção estão sendo gerados 25 mil empregos diretos e 200 indiretos. Ele explica que, quando entrar em funcionamento, o Comperj deverá gerar 13 mil empregos diretos.

“O Comperj funcionará com mão de obra da Petrobras, da Brasken – que é o braço petroquímico da Petrobras no projeto – e de outras empresas. Serão, quando estiver em plenos funcionamento. O contingente da Petrobras será preenchido através de concursos, nos próximos anos”, revela.

Prominp – Enquanto o Comperj ainda está em construção, a Petrobras está buscando capacitar mão de obra específica para o projeto.
Segundo Paulo Roberto, serão qualificados, através do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (ProminP), até 2014, 230 mil profissionais, em todo o País.

“Só para o Comperj serão qualificados 7,5 mil profissionais nos próximos dois anos. isso mostra a importância do Comperj”, avalia.

Costa acrescenta que, a capacitação e qualificação oferecida pelo Prominp garante mão de obra especializada não apenas para a Petrobras, mas para as outras empresas.

“Numa pesquisa recente confirmamos que 80% dos alunos capacitados nos cursos do Prominp estão trabalhando de carteira assinada para a Petrobras, e os outros estão empregados em outras empresas. Isso é muito gratificante e deveria ser feito por todas as empresas do País. Os empresários tem que entender que qualificar mão de obra não é ter gasto de dinheiro, e sim fazer um investimento.

Incentivos – Paulo Roberto Costa explica que o Comperj vai gerar derivados do petróleo que servirão para produzir materiais de diversos tipos de indústrias, que poderão se instalar ao redor do complexo. Segundo ele, no entanto, é necessário que haja políticas dos governos municipais e estaduais que incentivem essas industrias a se instalarem em Itaboraí e nos municípios vizinhos.
“Estamos fazendo nossa parte para que a instalação do Comperj gere empregos, traga renda e melhorias para Itaboraí e todos os municípios vizinhos. Temos cerca de dez anos de obras pela frente, e a Petrobras está trabalhando para que esse crescimento seja sustentável e positivo”, acrescenta.


O FLUMINENSE

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