Revista Encontros Edição 112

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Dia Nacional da Mamografia: Comemore o cinco de fevereiro fazendo a sua parte

Instituído há quatro anos, o cinco de fevereiro é considerado o Dia Nacional da Mamografia. A data foi criada por Projeto de Lei da hoje Ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e objetiva sensibilizar as mulheres sobre a importância de realizar o exame para a detecção precoce do câncer de mama.

O câncer de mama é a principal causa mundial de morte por câncer da população feminina, principalmente na faixa entre 39 e 58 anos de idade. Cerca de 1,4 milhão de casos novos dessa neoplasia são esperados anualmente em todo o mundo, o que representa 23% de todos os tipos de câncer. No Brasil, são estimados mais de 50 mil novos casos por ano.

Segundo Cris Beduschi, coordenadora do Serviço de Imagem da Mulher do Lâmina Medicina Diagnóstica, este tipo de câncer não possui uma causa definida, mas alguns fatores de risco são conhecidos, como o histórico familiar (mãe ou irmã com este tipo de tumor na pré-menopausa) e a presença de alterações genéticas (modificações nos genes associados à doença – BRCA1 e BRCA2).

— Quanto mais cedo for diagnosticada a predisposição e a paciente iniciar o acompanhamento médico e a realização de exames periódicos, mais chances ela terá de se curar — afirma.

As mulheres devem ficar atentas aos sintomas do câncer de mama e, assim que um deles for percebido, procurar um médico o mais rápido possível. Os principais sinais são aparecimentos de ínguas nas axilas, modificações na forma e tamanho das mamas, saída de secreção escura ou com sangue pelo mamilo e modificações na pele, na aréola mamária ou no mamilo.

— Não são todos os nódulos palpáveis na mama que representam um tumor maligno mamário. Também existem as alterações benignas, como os cistos e os fibroadenomas, que podem ser percebidos ao toque e têm evolução favorável — lembra a médica.

Para isso é muito importante o auto-exame, principal aliado na detecção do câncer de mama.

— A inspeção visual e a palpação sistemática de cada mama pela própria mulher devem ser realizadas geralmente do 7º ao 10º dia após o início da menstruação — acrescenta a Dra. Cris.
Atualmente cerca de 75% dos casos de câncer de mama são detectados pelo auto-exame, mas nesses casos o tumor frequentemente já ultrapassa dois centímetros. O diagnóstico precoce do câncer mamário pode ser feito pelo exame clínico das mamas (realizado por profissionais da saúde especializados) e por exames de imagem, como mamografia e ultrassonografia.

Foto: Nobilior / Deposit Photos
 A mamografia é um exame de raios-X das mamas, que detecta alterações sugestivas de câncer, mesmo em seu estágio precoce, antes de se tornarem palpáveis. Capaz de fornecer resultados mais precoces, esse diagnóstico pode diminuir a chances de morte da paciente de 30 a 70%. As mulheres devem realizar este exame pela primeira vez entre os 35 e 40 anos de idade e se submeter a controles anuais e bianuais a partir dos 40 anos.

Já a ultrassonografia não é um método de rastreamento do tumor mamário, mas é um importante adjunto em determinadas condições. Também é bastante importante na orientação de punções de nódulos, que podem ser cistos – passíveis ou não de serem aspirados e resolvidos.

Câncer de mama em jovens

No caso de pacientes abaixo de 40 anos, a sobrevida tende a ser menor, já que a doença costuma ser descoberta em estágios mais avançados, uma vez que estas pacientes não estão inseridas na rotina de rastreamento da doença e somente buscam auxílio médico quando o tumor já se apresenta palpável.

— Para as jovens não é indicada a mamografia sem recomendação médica, já que este é um exame que inclui a emissão de radiação ionizante que, quando aplicada de forma excessiva, pode ser nociva à saúde. Por isso, não devemos antecipar a inclusão da mamografia no cotidiano de uma mulher precocemente, caso ela não tenha histórico familiar ou alterações genéticas que justifiquem o exame — ressalta.

Uma das alternativas para o diagnóstico de câncer em jovens é a mamografia digital. Uma pesquisa multicêntrica desenvolvida nos Estados Unidos com cerca de 50 mil mulheres demonstrou que a mamografia digital é mais eficaz na detecção de câncer principalmente para pacientes jovens ou perto da menopausa.

Em comparação com o exame analógico, ela tem mais recursos que podem tornar a análise mais apurada, como ampliação digital e possibilidade de manipulação do brilho e do contraste do exame, e é especialmente indicada para mulheres com mamas densas.

— Na mamografia digital, os sinais físicos emitidos pelos raios-X são transformados em números (dígitos) por meio de tecnologia apropriada e são repassados a um monitor de alta resolução — explica a Dra. Cris.

Fonte: Zero Hora

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