Revista Encontros Edição 112

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Boate Kiss passará por nova perícia nesta quinta-feira em Santa Maria

Conselho de Engenharia vai elaborar um parecer técnico sobre o prédio.
IGP reconstitui fatos da noite do incêndio que matou 235 pessoas.

Uma comissão de especialistas em segurança do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul (CREA-RS) fará uma inspeção nesta quinta-feira (31) na boate Kiss, em Santa Maria, onde 235 pessoas morreram em um incêndio no último domingo (27).

A intenção é elaborar um parecer técnico sobre o prédio que possa apontar as causas do incêndio. O resultado do trabalho será divulgado na segunda-feira (4)

Técnicos do Instituto Geral de Perícias (IGP) também voltarão ao local nesta quinta para nova inspeção. Eles já estiveram na boate na quarta-feira (30), acompanhados de funcionários da boate e de frequentadores que escaparam sem ferimento. As cinco testemunhas afirmaram que o incêndio começou no teto do palco. Depois do trabalho de hoje, o local será lacrado.

“Todos afirmaram que o fogo começou no mesmo lugar, no teto, do lado direito do palco, onde o vocalista da banda fazia o show pirotécnico”, afirmou em entrevista coletiva o delegado Sandro Meinerz, um dos responsáveis pela investigação.

Conforme a polícia, as testemunhas também foram unânimes em afirmar que o extintor de incêndio que estava do lado direito do palco foi acionado, mas não funcionou. Eles afirmaram ainda que a fumaça demorou entre 40 segundos e um minuto para tomar conta de toda a boate.

Número de feridos
Um novo boletim sobre o número de feridos que seguem internados em hospitais do estado será divulgado a partir das 11h. De acordo com números divulgados pelo SUS na noite de quarta-feira (30), 134 pacientes estavam em atendimento em hospitais de cinco cidades do Rio Grande do Sul.

Entenda
De acordo com relatos de sobreviventes e testemunhas, e das informações divulgadas até o momento por investigadores, é possível afirmar que:
- O vocalista da banda Gurizada Fandangueira segurou um artefato pirotécnico aceso.
- Era comum a utilização de fogos no palco durante apresentações do grupo musical.
- A banda comprou um modelo de sinalizador proibido para ambientes fechados.
- Pelo menos um extintor de incêndio não funcionou ao ser manipulado pelo segurança.
- Havia mais público do que a capacidade de 691 lugares apontada pelos Bombeiros.
- A boate tinha apenas um acesso, para entrada e saída, sem saídas de emergência.
- O alvará fornecido pelos Bombeiros estava vencido desde 10 de agosto de 2012.
- Mais de 180 corpos de frequentadores foram retirados dos banheiros da casa noturna.
- Cerca de 90% das vítimas fatais tiveram como causa da morte asfixia mecânica.
- Os equipamentos de gravação de imagens estavam em uma empresa de manutenção

Fonte: G1

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